9 de julho de 2012

Dorian

Eis o alvo alcançado
Em anos, perde-se a conta
Marcas, dores
Cicatrizes

O que o corpo pede,
Cede
Cada desejo
Mais desejo de morte

Eis o que se quis
Momento algum
O almejo e o fruto
Feito um apenas

O que se vê
É o que se come
Engole o fogo em salto
Queima, qual tempestade

Eis a criatura imaginada
A agonizar
No reflexo turvo
Do moribundo criador



Escrito em 5 de julho de 2012.

Imagem: Auto-retrato com vinte e quatro anos,
by Dominique Ingres.

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