10 de abril de 2012

Invernal

Queima a tarde
Arde a noite
No silêncio das horas soltas
Caí

Vinho de diferentes taças
Mas um gole apenas
Cada fruto, a sua agonia

Tal inverno que sempre surge
Maldição divina

Pois eis que provei
Do mesmo sangue enfermo
Que já um dia me matou



Escrito no Circo, em 09/04/2012, à 01h AM.

No silêncio.

Imagem: My muse, by Leslie Ann O'Dell.

2 comentários:

  1. Forte, o poema, e nós que apesar da agonia e da frustração, somos mais do que a parte ensanguentada pelo que temos que abrir mão. Gosto dos seus versos!

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  2. E tinha como você ser mais claro? Este, eu pude até sentir. A imagem também é incrível.

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