26 de agosto de 2009

O Teatro

Abre-se o palco, sorrisos à mostra
Luz percorre o corpo, parado
Sombra recobre a face, incolor
E os cordões lhe puxam os dedos

Pula e dança e corre, e fala!
O riso espalha, bufão travesso
Gira no ar, celebra a vida
Como o ladrão que pula com ouro

O tempo passa, os olhos aflitos
Procuram ponteiros, o fim e escuro
E o riso gargalha, distante
E a fome abraça, ao seu lado

Fecham-se os rostos, e se acaba
O espetáculo do fantasma renascido
Soltam-no os cordões, despenca
Ao chão desafeto, retorcido

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